Autor:
Luis Nassif
Fato 1 – ninguém ganhou e ninguém pode se prevalecer oportunisticamente da crise. Portanto, tirar casquinha da crise é dar tiro no pé.
- o governo Dilma afastou-se do PT, dos movimentos populares, dos sindicatos, da blogosfera, sem conseguir a aliança com os partidos conservadores e com a mídia.
- O PT perdeu o sentimento das ruas, dos movimentos sociais, burocratizou-se e deixou de se reinventar. Quando atira em Dilma, acerta no próprio pé. Mas atira em off, porque sabe que qualquer cobrança em relação a Dilma suscitará cobranças em relação às lideranças do próprio partido.
- A oposição também não pode tirar sua casquinha. É mais refratária a colaborações externas do que o próprio governo federal ou o próprio PT. Nos três principais estados do país, os governadores saíram igualmente desgastados no enfrentamento das manifestações de rua. O grupo de oposição que conta – Aécio, Eduardo e FHC – age com cautela, mas não tem sido propositivo: limita-se a criticar o que vem do Executivo. O que não conta – Serra e afluentes -, não conta.
- Os jornais envelheceram tanto quanto as instituições e as emissoras de TV têm sido alvos de represálias de manifestantes. Interessa aos grupos de mídia derrotar Dilma nas próximas eleições, mas não provocar a tomada de Bastilha.
- A representação empresarial e sindical também está em xeque. O presidente da maior Federação de Indústrias do país a utiliza como plataforma política pessoal; o mesmo ocorre com o presidente da segunda maior central sindical, a Força Sindical. CONTINUE LENDO
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