Dias atrás, o ex-presidente FHC ciceroneou o senador mineiro em São Paulo, aproximando-o de grandes banqueiros e empresários. Era o início do projeto 2014, que pretendia levá-lo à presidência da República em dois anos. Ontem, soube-se que seu estilo de vida é incompatível com uma candidatura
28 de Agosto de 2012 às 05:55
247 – É melhor a oposição começar a buscar outros candidatos, se estiver mesmo disposta a se apresentar como um eventual polo de poder no Brasil. Ontem, circularam na internet imagens do senador mineiro Aécio Neves embriagado na madrugada do Rio de Janeiro. Aécio, trocando os passos, dirige-se aos garçons do bar Cervantes, point de fim de noite em Copacabana, com a barriga à mostra, e distribui gordas gorjetas. O vídeo, publicado em primeira mão pelo 247, chegou a ser retirado do ar, mas depois voltou a ser postado.
Não é mistério para ninguém que Aécio é boêmio e gosta de se divertir com amigos – especialmente no Rio de Janeiro, onde já foi parado numa blitz e se recusou a passar pelo teste do bafômetro, dando um mau exemplo à sociedade. Se, depois da farra, ele tomou um táxi e foi para casa, ou pegou carona com alguém, não cometeu irregularidade alguma ao tomar alguns goles a mais na noite carioca.
Ocorre que seu estilo público de vida – numa época em que celulares transformaram qualquer indivíduo em paparazzi – é totalmente incompatível com o de um candidato à presidência da República.
E Aécio, ciceroneado na semana passada por Fernando Henrique Cardoso em São Paulo, acaba de ser lançado candidato, em encontros com banqueiros e empresários, no que os tucanos chamam de “projeto 2014”. A verdade, no entanto, é que o projeto 2014 acabou em agosto de 2012.
Ainda há tempo para que os tucanos se reorganizem e tentem se apresentar à sociedade como um projeto alternativo de poder. José Serra parece ser um nome saturado. Geraldo Alckmin, que acaba de se lançar, apontou ainda os nomes do governador mineiro Antonio Anastasia e do paranaense Beto Richa. E há quem defenda ainda uma aproximação com o PSB de Eduardo Campos, com o PSDB, humildemente, colocando-se como vice – essa tese, por exemplo, é encampada pelo senador Aloysio Nunes Ferreira.
Nada que assuste o amplo favoritismo de Dilma Rousseff ou Lula para 2014, mas qualquer alternativa é mais viável do que Aécio.
Quem não passa numa blitz e troca os passos como o senador mineiro demonstrou na noite carioca não sobe uma rampa. (clique aqui e assista ao vídeo)
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