Embora tenha morrido na praia de 2010, José Serra acha que os votos que obteve o converteram no principal nadador do PSDB.
Neste final de semana, uma convenção do tucanato vai recompor a direção nacional da legenda. Reservou-se para Serra o papel de afogado.
Destacado como salva-vidas, FHC massageia o peito de Serra. Tenta reanimá-lo. Oferece a ele um balão de oxigênio.
Serra pleiteava a presidência do Instituto Teotônio Vilela, braço acadêmico do partido. Vai ao posto um desafeto dele, Tasso Jereissati.
Como compensação, oferece-se a Serra um assento num conselho político sem atribuições executivas.
Serra reivindicava a secretaria-geral do partido para o amigo Alberto Goldman. Terá de engolir Rodrigo de Castro, homem de Aécio Neves.
Como consolação, sugere-se a Serra que aceite de bom grado a acomodação de Goldman na primeira vice-presidência da legenda.
Para a segunda vice sugere-se Emanuel Fernandes, secretário de Planejamento do governador paulista Geraldo Alckmin.
Na poltrona principal, a de presidente, será mantido Sérgio Guerra, hoje distanciado de Serra e 100% fechado com o projeto Aécio-2014.
No gogó, os tucanos que torcem o nariz para Serra afirmam que não desejam humilhá-lo. Na prática, empurram-no para as profundezas.
Em parte, o infortúnio de Serra traz as digitais de Serra. Presidenciável, fez uma campanha solitária. Errou por conta própria.
Derrotado por Dilma Rousseff, desafiou as ondas antes da hora. Insinuou prematuramente interesse por 2014 e pelo comando partidário.
Aos pouquinhos, foi se dando conta de que sua autosuficiência rendera-lhe mais inimigos internos do que supunha.
A ficha de Serra demorou a cair. Num primeiro momento, ofereceram-lhe o Instituto Teotônio Vilela. Refugou. “Não dá Jornal Nacional”, disse, em privado.
Agora, descobrindo-se sem fôlego para o comando absoluto da legenda, Serra quer o posto que rejeitara. Tarde demais.
Com o assentimento de FHC, Aécio, Guerra e os senadores tucanos consolidaram o nome de Tasso para o instituto que formula as políticas da legenda.
Ao lançar a bóia para Serra, FHC tenta convencê-lo de que o conselho político não é pouca coisa.
Acena com a delegação de tarefas nobres a Serra –a costura de um novo programa para o PSDB, por exemplo. Palavras ao vento.
Em verdade, tenta-se imprimir ao PSDB um comando único, sonegando a Serra trincheiras com potencial para se converter em poder paralelo.
Blog Josias de Souza
Neste final de semana, uma convenção do tucanato vai recompor a direção nacional da legenda. Reservou-se para Serra o papel de afogado.
Destacado como salva-vidas, FHC massageia o peito de Serra. Tenta reanimá-lo. Oferece a ele um balão de oxigênio.
Serra pleiteava a presidência do Instituto Teotônio Vilela, braço acadêmico do partido. Vai ao posto um desafeto dele, Tasso Jereissati.
Como compensação, oferece-se a Serra um assento num conselho político sem atribuições executivas.
Serra reivindicava a secretaria-geral do partido para o amigo Alberto Goldman. Terá de engolir Rodrigo de Castro, homem de Aécio Neves.
Como consolação, sugere-se a Serra que aceite de bom grado a acomodação de Goldman na primeira vice-presidência da legenda.
Para a segunda vice sugere-se Emanuel Fernandes, secretário de Planejamento do governador paulista Geraldo Alckmin.
Na poltrona principal, a de presidente, será mantido Sérgio Guerra, hoje distanciado de Serra e 100% fechado com o projeto Aécio-2014.
No gogó, os tucanos que torcem o nariz para Serra afirmam que não desejam humilhá-lo. Na prática, empurram-no para as profundezas.
Em parte, o infortúnio de Serra traz as digitais de Serra. Presidenciável, fez uma campanha solitária. Errou por conta própria.
Derrotado por Dilma Rousseff, desafiou as ondas antes da hora. Insinuou prematuramente interesse por 2014 e pelo comando partidário.
Aos pouquinhos, foi se dando conta de que sua autosuficiência rendera-lhe mais inimigos internos do que supunha.
A ficha de Serra demorou a cair. Num primeiro momento, ofereceram-lhe o Instituto Teotônio Vilela. Refugou. “Não dá Jornal Nacional”, disse, em privado.
Agora, descobrindo-se sem fôlego para o comando absoluto da legenda, Serra quer o posto que rejeitara. Tarde demais.
Com o assentimento de FHC, Aécio, Guerra e os senadores tucanos consolidaram o nome de Tasso para o instituto que formula as políticas da legenda.
Ao lançar a bóia para Serra, FHC tenta convencê-lo de que o conselho político não é pouca coisa.
Acena com a delegação de tarefas nobres a Serra –a costura de um novo programa para o PSDB, por exemplo. Palavras ao vento.
Em verdade, tenta-se imprimir ao PSDB um comando único, sonegando a Serra trincheiras com potencial para se converter em poder paralelo.
Blog Josias de Souza
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