segunda-feira, 2 de maio de 2011

ANINHA ZORTEA, A JUSTICEIRA: "NÃO FOI NADA LEGAL O QUE ELE FALOU DO LULA"

por Conceição Lemes




Definitivamente, entrou para o lixo da história a carta aberta do ex-deputado José Carlos Aleluia à Universidade de Coimbra contra a concessão do título de doutor honoris causa ao ex-presidente Lula. Demonstração inequívoca de mesquinhez, dor-de-cotovelo, inveja. Preconceito de classe explícito.


Recebeu repúdio quase unânime dos leitores do Viomundo. Com certeza um dos posts mais comentados de 2011: 425 comentários. Entre eles, este:
Tudo isso dito por uma menina de 10 anos!? Como teria vindo parar no Viomundo?! Quem sugeriu?! O que estava fazendo por aqui?! Foram questões que me vieram à cabeça nos segundos em que li e aprovei o comentário de Ana Giulia Zortea. Eu e muitos leitores ficamos embasbacados. Babando, mesmo!


Acompanhavam o seu login duas informações apenas visíveis para nós: e-mail pessoal e o link de um blog chamado Meu Pai Morreu no Vôo 477, e Agora?!!?.


Imediatamente acessei. O blog é da própria Ana Giulia. Seu pai, Luigi Zortea, é uma das 228 vítimas do vôo AF 447, da Air France, que, em 31 de maio de 2009, caiu no oceano Atlântico quando fazia o trajeto Rio-Paris. Morava na Itália, era prefeito da cidade de Canal San Bovo.
Vi a carinha dela, li seu perfil, os textos publicados.


Mandei-lhe um e-mail, contando do nosso encantamento. Ainda brinquei: Tem certeza de que você tem 10 anos!? Não é um 1º de abril (a carta do Aleluia foi postada no dia 31 de março)!?


A resposta, toda carinhosa, veio bem-humorada: Pelo menos até maio terei 10 anos (rsrs). Ela faz aniversário no dia 4 de maio.


Contei que gostaria de entrevistá-la, mas que precisaria conversar antes com a mãe, para pedir autorização. Preveni que, por cautela, mostraria a matéria antes de publicar. O que fiz hoje antes de postar esta reportagem. Ângela, gentilíssima, consentiu. Atualmente, depois de trocar alguns e-mails com Angela, acho que Ana Giulia puxou muito à mãe: firme, corajosa, rápida no raciocínio.


“Que nada! A minha menininha se parece mais com o pai. Adora política como ele”, desconversa Ângela. “A minha mãe [dona Avelina] chama-a de ‘a justiceira’.”


Sem papas na língua, dá uma alegria imensa conversar com a Aninha (é como amigas, amigos, familiares mais a chamam). Figuraça. Por isso, sugiro que ouçam o áudio dos quatro blocos em que dividi a nossa entrevista. No final, vão entender por quê. LEIA MAIS

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