segunda-feira, 24 de agosto de 2009

VARGAS: "O FEITICEIRO DE SÃO BORJA" (II)

O ROSÁRIO DE PADRE OLIMPIO

O Padre Olimpio de Melo, que, felizmente para seus correligionários e amigos entrou na casa dos noventa, foi Prefeito do Distrito Federal por muito tempo num dos governos de Vargas e, se já deixou de dar conselhos e penitências, gosta de contar causos de suas atividades políticas. Registramos este:

Inseparável da peixeira trazida de Pernambuco, onde nasceu, saía uma vez do Palácio do Catete, onde despachara com o Presidente.

Estava gripado. Sentindo a coriza correr-lhe do nariz, enfiou a mão no bolso da batina para tirar o lenço, sem reparar que, no movimento do braço, caía sobre o tapete do salão sua faca pernambucana.

Mal deu o primeiro passo de volta, Getúlio o chamou, apotando para o objeto caído:
- Padre, olhe pro chão: caiu o seu rosário.

* Do livro "O Feiticeiro de São Borja", de Osvaldo Orrico - 1976

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