terça-feira, 13 de novembro de 2018

A FEIRA DE SANTANA EM 1957


 Vamos voltar a Feira de Santana de 1957? Lembremos novembro, pois, pois!

Era prefeito João Marinho Falcão (foto 1) que por sua vez tinha  ocupando os principais cargos, Oscar Erudilho (secretário), Margarida Ramos (tesoureira) e João Ferreira de Almeida (fiscal geral).
Criada pela maçonaria – Loja Luz e Fraternidade a Escola Infantil São João da Escócia realizou a formatura dos “Doutorandos em Bê-á-bá”. Hoje tem sede própria na Avenida Maria Quitéria.
A  Associação dos Servidores do DNER anunciou presença no II Congresso Nacional que a entidade marcou para Belo Horizonte de 6 a 8 de dezembro. Como representante de Feira foi indicado o rodoviário Rafael Drumond Tapioca.
A Feira tinha dois juizes: Jorge de Farias Góes (Vara Crime) e José Manuel Viana de Castro (Vara Cível). Os promotores também eram dois: Fernando Alves Dias e Osvaldo Pinheiro Requião. O fórum funcionava na prefeitura.
Os juízes, por meio de nota na imprensa, estavam convidando promotores, advogados, serventuários da justiça e autoridades para o Encontro da Magistratura Brasileira, marcado para Salvador de 8 a 12 de dezembro.
O  legislativo tinha trezes vereadores: Augusto Matias, Antônio Araújo, Artur Vieira, Antônio Nery, Colbert Martins, Dourival Oliveira, João Durval, Jorge Watt, Joselito Amorim, Mário Porto, Osvaldo Pirajá, Walter Nink Mendonça e Wilson Falcão. 
A morte do jornalista Ernesto Simões Filho, dia 24 na Capital Federal e sepultado dia 27 em Salvador, motivou muitos discursos na câmara. Quando ministro de Vargas, o fundador do jornal “A Tarde” muito ajudou para que a cidade tivesse água encanada. Mais uma campanha foi iniciada pelos frades capuchinhos do Convento Santo Antônio. Em nota anunciam a construção da igreja ao lado do convento e apelam “as almas caridosas para que contribuam com óbolos para chegar ao fim o grande empreendimento”.
Como parte da campanha, no domingo, 24, no Feira Tênis Clube, um conjunto de acordeonistas composto de trinta moças  da Academia Regina, de Salvador, se exibiu em  beneficio da igreja. Os ingressos custaram  cr$ 30,00 (adultos) e cr$ 20,00 (crianças).          
Ainda com referencia ao clero vale frisar que Frei Germano era o superior do Convento dos Capuchinhos. Já o Cônego Mário Pessoa, era Capelão do Asilo Nossa Senhora de Lourdes e Padre Aderbal Saback Miranda,  o Vigário da Freguesia.
Clube mais popular, a Euterpe anunciou a última atração do ano. Dizia a propaganda: “Sexta-feira, 6 de dezembro, o sensacional cartaz da atualidade, cantor cubano Bienvenido Granda e seus grandes sucessos, como ‘Soñando Contigo’ o mais recente”.
Antes da exibição no clube, Bienvenido Granda se apresentaria no palco do Cine Íris, às 21 horas, acompanhado do Conjunto Orquestral de Gonzalo Cortez e Vera Luicien. Eis os preços: Poltrona ($40,00) Estudantes ($25,00).
Naquele tempo presidia a Euterpe João Augusto Pires, enquanto que o concorrente maior, o Feira Tênis Clube, era presidido por Milton Falcão da Carvalho. Na Filarmônica “25 de Março”, João Domingues Gonçalves e na “Vitória”, Raimundo Aguiar.
Tanto na feira-livre como no mercado, eis o preço do “ouro negro”, conforme publicado na imprensa: Café moído de primeira (quilo), $ 64,00; Café moído de segunda (quilo),  $ 32,00; Café moído caldeado (quilo) $ 48,00 e Café em grão (quilo) $ 30,00.
Assim que soube da prisão em Crato, de Walter Santos, vulgo “Olho de Vidro”, que praticou bárbaro crime nesta cidade, o delegado de policia Manuel Teixeira enviou telegrama ao colega cearense informando que estava mandando “escolta para trazê-lo”.
Além do delegado de policia, existia a delegacia regional exercida pelo capitão Israel Trindade. Joselito Cardoso de Oliveira era o escrivão das duas autoridades e o cabo Carlos comandava o destacamento. Já o major Antídio Matos comandava o 1ºBPM/FS.
E no mais a firma “Fernandes & Cia.”, de Tibúrcio Fernandes (foto2), (ele pai do dentista Juarez Fernandes, dona Lourdes já falecida e outros) acabava de inaugurar a Farmácia Chile com “variado estoque adquirido nos principais laboratórios do país e estrangeiro”. Feira tinha poucas farmácias, entre elas, Agrário, Santana, Barbosa e São Luiz.


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