Têm-se uma certeza: o pacto político pós-Constituinte
acabou. O bipartidarismo esfacelou-se com o fim virtual do PSDB. O PT mantém-se
como o maior partido do país, mas ilhado por uma enorme corrente de antipetismo
que ameaça a eleição de Fernando Haddad e, muito mais ainda, um eventual
governo, em caso de vitória.
No plano racional, em um ponto qualquer do futuro, o PT
ampliaria seu escopo, de representante de movimentos sociais e sindicatos, para
um autêntico partido social-democrata, atraindo setores democráticos e
progressistas órfãos do modelo atual – e até do PT atual. Na outra ponta,
haveria um movimento em relação ao centro-direita, liderado por algum político
mais capacitado que Bolsonaro.
A indecisão dos principais atores políticos se prende a uma
visão equivocada do que seria um governo Bolsonaro. Aposta-se na vida breve,
devido à mediocridade ampla do candidato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário