Por Fernando Brito
A Polícia Federal já tem pronta a “primeira realização” para
o caso de Jair Bolsonaro chegar à presidência da República.
O indiciamento de Michel Temer pela Polícia Federal pelas
maracutaias do atual Presidente no favorecimento de empresas no Porto de
Santos, dependendo de se dar um destino rápido ao processo que está nas mãos de
Luís Roberto Barroso, pode fazer com que, a partir do dia 1° de janeiro
torne-se réu e tenha, até, prisão preventiva decretada.
Depende de como a Procuradora-Geral da República, Raquel
Dodge, e o próprio Barroso resolverem tratar o assunto.
O mais provável é que executem uma medida dura contra o Coronel
João Baptista Lima Filho, amigo e possível “mala” de Temer e, talvez, um
bloqueio dos bens do futuro ex-presidente, mesmo antes de remeterem o processo
para a primeira instância.
Embora a tentação de decretar a prisão de um ex – mas ainda
quase – presidente seja uma tentação imensa para a vaidade de Barroso, o clima
político que se criaria com um presidente entrando no Planalto e outro entrando
numa cela é “over” até para ele.
A partir do dia 1° de janeiro, recorde-se, não há mais
empecilhos como a autorização da Câmara para que se possa transformar Temer em réu e isso pode ser uma
interessante “marcação de território” do Supremo diante do novo presidente,
cheio de ambições de submeter a corte a seu poder de mando.
E Temer, já hoje um cadáver insepulto, é o objeto ideal –
por deméritos – para essa disputa, porque é corpo que não tem nem mais família
que o requeira.
O nosso estado policial-judicial dificilmente deixará de ser
hiena neste processo.
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