quarta-feira, 17 de outubro de 2018

TEMER INDICIADO; PRISÃO PARA O CORONEL LIMA. OS MORTOS QUE VÃO MORRER

Por Fernando Brito

A Polícia Federal já tem pronta a “primeira realização” para o caso de Jair Bolsonaro chegar à presidência da República.

O indiciamento de Michel Temer pela Polícia Federal pelas maracutaias do atual Presidente no favorecimento de empresas no Porto de Santos, dependendo de se dar um destino rápido ao processo que está nas mãos de Luís Roberto Barroso, pode fazer com que, a partir do dia 1° de janeiro torne-se réu e tenha, até, prisão preventiva decretada.

Depende de como a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, e o próprio Barroso resolverem tratar o assunto.

O mais provável é que executem uma medida dura contra o Coronel João Baptista Lima Filho, amigo e possível “mala” de Temer e, talvez, um bloqueio dos bens do futuro ex-presidente, mesmo antes de remeterem o processo para a primeira instância.

Embora a tentação de decretar a prisão de um ex – mas ainda quase – presidente seja uma tentação imensa para a vaidade de Barroso, o clima político que se criaria com um presidente entrando no Planalto e outro entrando numa cela é “over” até para ele.

A partir do dia 1° de janeiro, recorde-se, não há mais empecilhos como a autorização da Câmara para que se possa  transformar Temer em réu e isso pode ser uma interessante “marcação de território” do Supremo diante do novo presidente, cheio de ambições de submeter a corte a seu poder de mando.

E Temer, já hoje um cadáver insepulto, é o objeto ideal – por deméritos – para essa disputa, porque é corpo que não tem nem mais família que o requeira.

O nosso estado policial-judicial dificilmente deixará de ser hiena neste processo.




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