terça-feira, 9 de outubro de 2018

BOLSONARO VAI AMARRAR A VAQUINHA PARA A BANCA MAMAR


Por Fernando Brito
Na manchete da Folha, o retrato que só os bobos ainda não viram.
Um governo Bolsonaro – que Deus nos livre! – terá uma divisão de tarefas bem estabelecida.
O capitão e seus gladiadores distraem a platéia transformando o país numa arena romana, com a turba decidindo quem, quantos e como devem ser mortos.
Enquanto isso, os coletores de impostos, os publicanos da Bíblia, tomam conta do dinheiro, o deus que de fato adoram.
Ou por que “valores morais” e “patriotismo esta gente estaria sendo recrutada e a área econômica do governo já se vai loteando?
Diz o jornal, para que os bobos sigam sendo bobos:

Embora ganhem muito mais na iniciativa privada, os executivos estariam dispostos a ir para o governo como forma de colaborar com a agenda liberal comandada por Guedes, segundo colaboradores de Bolsonaro. Um dos argumentos usados para atraí-los é a garantia de que poderão trabalhar sem interferência política.

Pausa para uma sonora e trágica gargalhada.
Tem até um Roberto Campos Neto, descendente do Bob Fields de 1964, que arranjaram no Banco Santander.
Falta só a campanha “Dê ouro pelo bem do Brasil”, uma picaretagem montada em conjunto pelos Diários Associados de Assis Chateaubriand, que trocava as alianças de ouro dos casais de classe média por anéis de latão, em tese para salvar nossas reservas cambiais (na época, o padrão era o ouro, não o dólar).  A dinheirama, claro, ninguém sabe  e ninguém viu o rumo que tomou.
O capitão e os generais que ele vive trocando os nomes ficam com a tarefa de botar a peia nas patas da vaca Brasil e, “sem interferência política”, a turma da bufunfa ordenha o bichinho.
Tudo bem enquanto a turma “bombada” estiver se satisfazendo com o seu sadismo.
Mas daí a pouco “vão querer também”.

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