Por Luis Nassif
Peça 1 – o enredo da Lava Jato
Apesar do comando difuso, entre mídia, troupe de Eduardo
Cunha, PSDB e Departamento de Estado norte-americano (através da cooperação
internacional), a trama da Lava Jato era de roteiro relativamente simples.
Haveria uma ação intermediária, o impeachment de Dilma.
Depois, a ação definitiva, a condenação de Lula com o esfacelamento automático
do PT como força política.
Houve intercorrências inevitáveis – como as denúncias contra
próceres tucanos, rapidamente abafadas -, importantes para se tentar conferir
legitimidade política ao jogo, e um
desastre imprevisível: as delações da JBS que atingiram Aécio Neves no peito.
Aí o elefante ficou muito grande para ser escondido debaixo do tapete.
Tudo caminhava nos conformes. Inclusive chantagear o grupo
que assumiu interinamente o poder, obrigando-o a caminhar com o desmonte do
Estado social para conseguir alguma sobrevida política. Depois engaiolá-los
como grande gesto final.
Mas cometeram um erro central: apostaram tudo em um cavalo
manco, o grupo de bacharéis de Curitiba, procuradores e delegados, e em um juiz
sem noção que tocou os inquéritos da Lava Jato.
Aí o plano começou a degringolar.
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