Por Fernando Brito
Quem leu a sentença do juiz Sergio Moro que condenou o
presidente Lula, sem as paixões imediatistas determinadas pela luta política em
curso (da qual ela faz parte), pode até compreender os elogios solidários de
alguns dos seus pares corporativos que circularam com uma rapidez estranha, mas
dificilmente ficará convencido que tal decisão poderia prosperar num tribunal
neutro, sem o uso das “razões de exceção”, que tem pautado – até aqui – as
ações penais contra o ex-presidente. Falta de fundamentação lógica, método
indutivo-analítico na apreciação dos depoimentos sem cotejamento do seu valor
probatório, eleição de relevância e irrelevância de fatos, segundo uma opção já
feita pela condenação, e claro viés político. Sequência do massacre midiático,
patrocinado de forma consciente pela maioria da mídia tradicional, que foi
guindada, inclusive, à condição de processante “ex-oficio”, através da suas
manchetes arbitrárias.
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