Feira ontem, 1971
O falecido radialista Lucilio Bastos, a exemplo de Carlito Silva da Coelba,
ou da energia como se dizia, Valdo costureiro, Geni das flores e tantos outros davam
vida a parte profana da antiga Festa de Santana. Em trajes femininos marcavam
presença na quinta-feira, dia da lavagem da igreja e na terça, dia da levagem
da lenha.
Após um desses eventos, Lucílio ao
acordar descobriu que estava na enfermaria do Hospital Dom Pedro, com vários
pontos no traseiro.
Em dúvidas se tinha caído sobre cacos de vidros ou atingido
por algum inimigo, foi se aconselhar com o prefeito Newton Falcão que o encaminhou a Monsenhor Galvão.
Sem esquecer de
pedir antes uma taça do cobiçado vinho que o padre tinha sempre de reserva, Lucilio narrou sua aflição. Galvão
sugeriu que o radialista procurasse o delegado Gilberto Costa e prestasse queixas.
Dito e feito. Registrada a ocorrência,
Lucílio quis saber se o delegado com a sua longa experiência não imaginaria as
razões de tantos cortes no seu traseiro.
O velho Gilberto Costa, já de chapéu
na cabeça, guarda chuva pendurado num braço e o paletó no
outro pois ia a uma diligencia, com o trio BBO de investigadores - Bandeira, Borracha e Otávio, respondeu sem tirar o cigarro Ministre da boca:
- Olha “Seo” Lucílio, a única coisa que
posso adiantar é que bumbum de bêbedo não tem dono...
Nenhum comentário:
Postar um comentário