Por Fernando Brito
Lula não tinha a obrigação de mostrar quem o contratou para
palestras, desde que deixou a Presidência.
Mas mostrou.
41 empresas e instituições pagaram para que Lula falasse, em
70 palestras, para seus empregados, clientes e empresários – os seus e os de
suas relações.
Não consta que qualquer delas tenha ido ao Procon,
decepcionada com a qualidade e a atratividade
destes eventos.
Nem mesmo a Globo, que contratou uma delas através de sua
Infoglobo, como destacou outro dia aqui este Tijolaço.
A lista divulgada pelo Instituto Lula é demolidora.
Cobrou – e fez muito bem – os olhos da cara para quem não
apenas queria aprender com suas experiências, mas tirar proveito do status de
promover eventos na esteira de sua popularidade.
E fez três vezes mais debates – de graça – para quem não
podia pagar, mas é o principal beneficiário de suas ações: movimentos sociais,
ONGs, sindicatos e ainda para Governos, universidades e organismos
multilateriais.
Será que o Dr. Sérgio Moro agora vai mandar a Polícia
Federal prender o Bill Gates, um dos que deram dinheiro – e muito – para
contratar Lula como palestrante?
Ou, quem sabe, vai colocar os três irmãos Marinho numa cela
até eles confessarem que financiaram o projeto petista-bolivariano?
Se não foram eles, quem sabe Jorge Paulo Lemann, da Ambev e
das Lojas Americanas, o brasileiro (e suíço) mais rico, segundo a revista
Forbes. Ou Carlos Slim, da Telmex? Talvez Roberto Setúbal, do Itaú?
Dr. Moro, por via das dúvidas, meta todos eles em cana, que
garanto que algum deles confessará o que o senhor quiser.
E assim o Brasil estará livre do comunismo, as famílias
estarão protegidas e o Fernando Henrique, afinal, possa cobrar um pouco mais
pelas suas palestras, que não ficavam no chinelo das de Lula em matéria de
valor de mercado.
Aliás, as más línguas diziam que as palestras dele, assim
com as do Felipão, só eram contratadas para que todos aprendessem como as
coisas não deveriam ser feitas…
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