Prisões sem provas, pressões físicas e psicológicas. A Lava-Jato transita num fio da navalha e é impressionante ouvir quem acompanha os fatos de perto.
Por Rodrigo
Vianna - Escrevinhador
A frase que dá
título a esse texto não foi dita por um militante petista desvairado. Nem por
um jornalista (como esse que escreve) afeito a teorias da conspiração.
Saiu da boca de
um advogado paulistano, bem-sucedido, com sólida formação acadêmica (é também
professor de Direito), sócio de um escritório na região da avenida Paulista.
Detalhe: ele
votou em Aécio no ano passado, mas não disse a frase em tom de “comemoração”,
mas de alerta.
A conversa
aconteceu num encontro social privado, há alguns dias, antes portanto da prisão
de José Dirceu. O advogado, a quem conheço há mais de 30 anos, tem na sua
carteira de clientes alguns empreiteiros. Um deles está em prisão domiciliar,
por causa da Lava-Jato, e algumas semanas atrás foi obrigado a depor algemado
em Curitiba – como forma de pressão.
“Um homem de
quase 60 anos, franzino, que não oferece nenhum risco físico às autoridades,
foi obrigado a depor algemado durante várias horas, sob alegação de ameaça à
segurança do delegado“, contou.
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