Por Mauro Santayana
(Jornal do Brasil ) - Talvez
influenciado pelo fato de estar sendo entrevistado por uma publicação
estrangeira - em certos países e organismos multilaterais se conhece bem os
avanços alcançados pelo Brasil nos últimos anos - o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso afirmou, para a revista alemã Kapital, que a Presidente Dilma Roussef é
"honrada", e que o ex-presidente Lula é um líder "popular"
cuja prisão, caso viesse a acontecer, poderia dividir o país.
Foi o que bastou para que fosse
imediatamente execrado pela parcela da opinião pública que ocupa, destilando
bílis, os sites e portais mais reacionários - para dizer o mínimo - da internet
brasileira.
O que importa, não é saber -
embora torçamos para que isso tenha ocorrido - se FHC foi sincero em suas considerações
sobre a Presidente Dilma, e, sim, prestar atenção à verdadeira avalanche de
estupidez que suscitaram suas palavras.
"Doido",
"senil", "demente", "gagá", "caduco",
"bipolar" - odioso, preconceituoso e covarde, o fascismo despreza e
confunde a idade com fraqueza e costuma ser particularmente impiedoso com os
mais velhos, as mulheres e as crianças - "doente de Alzheimer", e o
já tradicional apelo do "morre de uma vez" (como fez o
"sutil" internauta que atende por Paulo Votan, acima, no print que
precede este texto) foram alguns dos epítetos lançados pela malta nos grandes
portais da internet, contra o ex-presidente da República.
Outros o acusaram de
"pateta", "traidor", "idiota",
"maconheiro", "THC"- lembrando sua defesa da descriminalização
da Cannabis - e de "cara de pau", "sem-vergonha", e ladrão
- acusando-o de estar "roubando também", ou de já ter se encontrado
secretamente com Lula para conchavos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário