por: Saul Leblon
No momento em que a Petrobrás alcança meio milhão de barris
de petróleo extraídos do pré-sal, ouve-se um silencio sepulcral das goelas
conservadoras (leia a reportagem de Maurício Thuswohl; nesta pág)
As mesmas que amargam a ressaca da Copa das Copas.
As mesmas que, há menos de uma semana, trovejavam contra a cessão de novos campos à estatal, com mais de 15 bilhões de
barris, decidida pela Presidenta Dilma.
O desconforto é enorme.
A eficiência da empresa em extrair --aceleradamente-- o óleo existente a seis
mil metros abaixo da linha do mar,
comprova o acerto da cessão onerosa.
Mas reitera também o regime de partilha que ordena toda a
exploração das maiores reservas descobertas no planeta no século XXI – decisão
exitosa igualmente bombardeada pelo
conservadorismo e seu dispositivo emissor.
A República dos acionistas,
que pauta o jornalismo isento,
tem alergia a novos investimentos em exploração.
Explica-se:
momentaneamente, eles podem reduzir o
caixa dos dividendos.
O fato de a cessão
ter transformado a estatal na detentora
da segunda maior reserva de óleo do mundo, é desprezível aos olhos do interesse
particularista que avoca sua supremacia em detrimento da nação e do futuro de
sua gente.
Graças à decisão de Dilma,
a estatal criada por Getúlio Vargas
–cujo legado FHC prometeu dissolver—
passou a dispor de um estoque de 31 bilhões de barris exploráveis.
Pouco abaixo apenas da Rosnet (russa), com 33 bi/barris, mas
que será certamente ultrapassada pela Petrobrás, que levita num oceano de
reservas estimadas em 100 bilhões de barris.
Não estamos falando
de um detalhe tangencial à luta pelo desenvolvimento brasileiro.
O pré-sal, é forçoso repetir, quando tantos preferem
esquecer, mudou o peso geopolítico do Brasil.
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