Por Jânio de Freitas
Da Folha de S.Paulo
Já está digerida e absorvida
grande parte, talvez a maior, do choque emocional com a vergonheira oferecida
pela seleção. Variados são os sinais em tal sentido. Desde a inundação de
piadas a respeito até a quase nenhuma reação à indigna conduta de Felipão e de
Carlos Alberto Parreira na entrevista conjunta, com as considerações que
representaram, a um só tempo, descarados autoelogios e, mais do que
desrespeito, deboche com a frustração sentida e doída no país todo.
Diante da pouca duração demonstrada pela ira de uns e pelo
abatimento de outros, quem contava com o desastre da seleção como fator
favorável aos oposicionistas, caso sobretudo dos aecistas, passa a ter agora a
frustração que a derrota, lá no fundo, não lhes causou. Nos últimos dias, o
próprio Aécio Neves tem proclamado: "O governo quis se aproveitar da Copa,
agora vai pagar"; "quem tentou explorar a Copa eleitoralmente vai se
dar mal".
Pobre Aécio, então. Foi o candidato que, enquanto a seleção
avançava, vestiu a camisa do time, com o escudo comprometedor da CBF, assim se
fez fotografar até com a mulher recém-parturiente e mandou para Redações suas
fotos de exploração eleitoral da Copa e da seleção. Há bastante campanha,
ainda, para suas declarações recuperarem o pudor. CONTINUE LENDO
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