domingo, 12 de janeiro de 2014

MURALHA DA DESIGUALDADE: JK BARRA ROLEZINHO

Meca do luxo, o shopping JK, do empresário Carlos Jereissati, obteve liminar judicial para impedir que menores desacompanhados entrassem no local, onde há lojas de grifes como Prada, Gucci e Loboutin; donos do empreendimento temiam que houvesse um "rolezinho", ato de afirmação que tem sido convocado por jovens da periferia para valorizar sua própria identidade e derrubar o preconceito; no caso do JK, a Justiça agiu de forma correta ou contribuiu para avalizar o apartheid brasileiro?; em Itaquera, na zona leste de São Paulo, um rolezinho foi reprimido com balas de borracha

SP 247 - Uma decisão judicial permitiu ao shopping JK, do empresário Carlos Jereissati, criar seu próprio apartheid. Diante do temor de que o local, nova Meca do luxo no Brasil, fosse ocupado por jovens da periferia, que planejavam realizar um "rolezinho" neste sábado, o empreendimento obteve uma liminar que proibiu a entrada de adolescentes desacompanhados.

Manifestação criada recentemente, o "rolezinho" é um ato de afirmação pacífica realizado por jovens da periferia, que entram onde, em tese, não são bem-vindos – algo como "nós vamos invadir sua praia". Nesses protestos, eles dançam funk, "zoam" e depois partem. O "rolezinho" deste sábado no JK vinha sendo convocado pelo Facebook – o que disparou o alerta na administração do shopping, onde desfilam grifes como Gucci, Prada, Dolce & Gabbana e Christian Loboutin.

Mais do que simplesmente impedir a entrada de adolescentes, a decisão judicial também garantiu ao shopping o direito de cobrar uma multa de R$ 10 mil de todos aqueles que causassem algum tipo de tumulto no local – o que daria margem a avaliações subjetivas. Afinal, dançar funk é causar tumulto ou não?  CONTINUE LENDO

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