Meca do luxo, o shopping JK, do empresário Carlos Jereissati, obteve liminar judicial para impedir que menores desacompanhados entrassem no local, onde há lojas de grifes como Prada, Gucci e Loboutin; donos do empreendimento temiam que houvesse um "rolezinho", ato de afirmação que tem sido convocado por jovens da periferia para valorizar sua própria identidade e derrubar o preconceito; no caso do JK, a Justiça agiu de forma correta ou contribuiu para avalizar o apartheid brasileiro?; em Itaquera, na zona leste de São Paulo, um rolezinho foi reprimido com balas de borracha
SP 247 - Uma decisão judicial permitiu ao shopping JK, do
empresário Carlos Jereissati, criar seu próprio apartheid. Diante do temor de
que o local, nova Meca do luxo no Brasil, fosse ocupado por jovens da
periferia, que planejavam realizar um "rolezinho" neste sábado, o
empreendimento obteve uma liminar que proibiu a entrada de adolescentes
desacompanhados.
Manifestação criada recentemente, o "rolezinho" é
um ato de afirmação pacífica realizado por jovens da periferia, que entram
onde, em tese, não são bem-vindos – algo como "nós vamos invadir sua
praia". Nesses protestos, eles dançam funk, "zoam" e depois
partem. O "rolezinho" deste sábado no JK vinha sendo convocado pelo
Facebook – o que disparou o alerta na administração do shopping, onde desfilam
grifes como Gucci, Prada, Dolce & Gabbana e Christian Loboutin.
Mais do que simplesmente impedir a entrada de adolescentes,
a decisão judicial também garantiu ao shopping o direito de cobrar uma multa de
R$ 10 mil de todos aqueles que causassem algum tipo de tumulto no local – o que
daria margem a avaliações subjetivas. Afinal, dançar funk é causar tumulto ou
não? CONTINUE LENDO
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