A politização do debate econômico é a grande arma da disputa eleitoral deste ano para despir a fantasia da superioridade dos mercados sobre o planejamento da sociedade. Queremos desenvolvimento para a igualdade ou a igualdade cabível ao país no século XXI é a que a ortodoxia considera compatível com os direitos de uma plutocracia que se recusa a pagar R$ 0,50 por dia de IPTU?
por: Saul Leblon
Desidratar a dimensão política das escolhas inscritas na transição econômica vivida
aqui e no mundo é o truque conservador para impor a sua agenda ao debate
eleitoral de 2014.
Há um esforço descomunal para capturar o mando do jogo e
trazer a disputa do futuro para o campo dos interesses graúdos - ‘racionais’,
‘desideologizados’, diriam eles.
Nessa arena de suposta coerência ‘em si’ da macroeconomia,
decide-se o Brasil longe das arquibancadas e dos anseios majoritários da população.
Consultores do dinheiro grosso exibem seu talento em chutar
com os dois pés ajustes ‘para o
país crescer mais rápido’.
O ‘baixo crescimento’ do governo Dilma, como se sabe, é o
novo juízo final que irrompeu nos sermões depois que todos os demais foram
adiados por motivos de força maior.
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