Por Luis Nassif
A intensa partidarização no velho jornalismo e os anticorpos
que gerou na blogosfera e nas redes sociais criaram um nó na cobertura
jornalística.
Construiu-se um mundo de guerras virtuais que passa ao longe
dos fatos reais, das estratégias políticas e das próprias expectativas dos
agentes políticos – candidatos e partidos.
Jornalistas políticos, especialmente colunistas políticos da
velha mídia deixaram de reportar: tornaram-se gurus que dizem o que os
candidatos precisam fazer, o que dizer, como agir. Sem nunca ter participado de
uma eleição, tornaram-se oráculos de seus próprios desejos.
Comportando-se como blogueiros partidarizados, viraram personagens
de guerras virtuais, com seus artigos partidários sendo tratados, criticados e
desconstruídos como se tivessem alguma relevância no tempo político atual. De
repente, a colunista A, cujas opiniões servem apenas para provocar catarse em
leitor médio, é questionada como se fosse uma grande ideóloga da oposição.
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