Há quem diga que as eleições de
2026 estão longe. Mas pela mobilização dos políticos, parece que a disputa
começou há bastante tempo. Nesse xadrez, o governo Jerônimo Rodrigues jogou
duas peças relevantes na última semana: agrados às forças de segurança e a
profissionais da área de saúde. Via reajustes salariais escalonados, Jerônimo
fez acenos claros que pretende manter o funcionalismo ao lado dele para o
próximo pleito. Só que, do ponto de vista de marketing, a divisão dos aumentos
em parcelas ficou em segundo plano.
Sem entrar no mérito dos
percentuais de reajuste — até porque sindicatos e associações que representam
os trabalhadores têm mais propriedades para falar do tema —, é relevante trazer
o tom político de adotar essa postura com tanta antecedência. Anos eleitorais
têm restrições diversas para reajustes e, qualquer mobilização próxima à
disputa, gera críticas, especialmente da oposição, sobre apropriação da máquina
estadual para fazer campanha. Ao fazer um ano antes, Jerônimo elimina as
chances de questionamentos jurídicos ou de munir adversários de um padrão
crítico comum no período eleitoral. Mais.

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