domingo, 26 de março de 2023

VAREJISTAS RECLAMAM QUE E-COMMERCE CHINÊS ‘TIRA BILHÕES’ DO BRASIL E PEDEM TAXAÇÃO: ‘QUEREMOS CONDIÇÕES IGUAIS’

 

Lojas internacionais (sobretudo da China) com operações majoritariamente online como Shein, Shopee e AliExpress têm causado dor de cabeça à indústria e ao varejo brasileiro. Desde o ano passado, empresários e associações do setor pressionam o governo para taxar as operações das companhias estrangeiras com os mesmos tributos que incidem sob as empresas brasileiras. Segundo o grupo de varejistas nacionais, os produtos dessas plataformas são subtaxados na entrada do país, fazendo o Brasil perder bilhões em arrecadação e ser alvo do que classificam como “contrabando digital”. Dados do Banco Central revelam que a importação de pacotes de pequeno valor por meio do comércio eletrônico está em pleno crescimento no país. Em 2022, esse tipo de operação somou US$ 13,14 bilhões (cerca de R$ 68,94 bilhões), mais do que o dobro do ano anterior. Apenas a Shein movimentou cerca de R$ 8 bilhões (R$ 41,97 milhões) no segmento de moda com compras do público brasileiro. O valor é comparável às operações somadas de varejistas tradicionais como C&A e Marisa, considerando tanto o e-commerce quanto as lojas físicas. Contudo, a forma como as plataformas internacionais levam seus produtos até o consumidor é considerada ilegal por empresas brasileiras. Elas argumentam que os produtos vêm do exterior e transitam no país sem o recolhimento de qualquer tributo. Atualmente, a legislação brasileira obriga o pagamento de imposto de importação para operações comerciais, independentemente do valor da transação e para operações sem fins comerciais de valores acima de US$ 50 (R$ 262,32). No entanto, na prática, produtos dos e-commerces conseguem entrar no Brasil sem o pagamento dos devidos tributos. Mais.


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