A compra de 98 novos veículos
blindados do Exército, que custariam mais de R$ 5 bilhões aos cofres públicos,
foi suspensa nesta segunda-feira (5), pelo Tribunal Regional Federal da 1ª
Região (TRF-1). A decisão é assinada pelo desembargador Wilson Alves de Souza.
Na semana passada, o Exército
decidiu que faria a aquisição dos chamados 'caça-tanques', modelo Centauro II,
da marca italiana Iveco-Oto-Melara. Esse modelo, que pesa 30 toneladas e tem
canhões de 120mm, é superior aos atuais Guaranis, também fabricados pela Iveco.
A previsão era que o presidente Jair Bolsonaro (PL), assinasse hoje o contrato.
Para o desembargador, é
"evidente a falta de bom senso" ao fazer uma compra desse valor ao
mesmo tempo em que se faz cortes de verbas da educação e da saúde.
Na última semana de novembro, o
governo decidiu bloquear R$ 5,7 bilhões do orçamento, com os Ministérios da
Educação e da Saúde sofrendo os maiores cortes.
Wilson também diz na decisão, que
não é urgente a compra de armas em tempos de paz, ressaltando a necessidade de
investimentos nas áreas afetadas pelos cortes do atual governo. MAIS.
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