A biomédica Lih Vitória, de 30
anos, relatou ter sofrido racismo em um hotel de luxo na cidade de
Santo André, ABC Paulista, na última quinta-feira (22).
Hospedada a trabalho em uma unidade
da Rede Bristol, Lih contou que, ao tentar realizar check-out do hotel pela
manhã, foi questionada por diversas vezes sobre os seguintes pontos:
A veracidade do e-mail de
reserva enviada pela empresa em que ela trabalha;
Se realmente era fazia parte da
empresa.
"O racismo não é verbalizado.
Foram caras e bocas, julgamentos, expressões faciais o tempo todo. E eu só
queria sair. Eu viajo com meus amigos e nunca tive problema, porque estou
sempre com uma pessoa branca. Agora, que comecei a andar sozinha, estou sentindo",
contou ela ao g1.
Segundo Lih, a recepcionista só
faria a liberação após conseguir contato com a dona da empresa. "Ela
entrou em uma sala e saiu acompanhada de mais duas pessoas, que ficaram me
observando", afirmou.
Ela disse que a atendente ainda
pediu para conferir o e-mail em seu celular e, mesmo assim, não finalizou o
procedimento.
“Me senti mal, não sei explicar,
foi muita coisa. Me olharam de cima a baixo, me trataram extremamente mal, doeu
muito. Depois, tinha uma menina branca e eles trataram com sorriso no rosto”.
Em nota publicada nas redes
sociais, a Rede Bristol disse que "compreende a gravidade de qualquer ato
de discriminação", que está apurando os fatos e que irá colaborar com a
hóspede e com as autoridades. Mais.
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