sexta-feira, 14 de setembro de 2018

UM GENERAL SEM CONTINÊNCIA


Por Fernando Brito

Está em qualquer manual: uma força militar baseia-se, como organização, em dois pilares: a hierarquia e a disciplina, nesta ordem.

Daí é que um conflito previsível da estranha chapa formada por um ex-capitão como candidato a Presidente e um general como vice, que já começava  “torta” por essa inversão dificilmente harmônica, antecipou-se com o infeliz episódio que levou Jair Bolsonaro a “baixar enfermaria”.

O pedido – mais um gesto político que algo de significado prático – para que o General Hamilton Mourão participasse de entrevistas e de debates no lugar de seu “superior”, hospitalizado, começou a expor os impasses de uma organização que, sequer dispondo da mínima organicidade de um partido, já não tinha hierarquia e passou a não ter, por falta de chefe, disciplina.

Agora, com as declarações de Mourão de que defende uma nova “Constituição sem voto”, escrita por uma “comissão de notáveis” – imagina-se que o histriônico Levy Fidélix possa ser um notável – escancarou o grau em que  o aventureirismo improvisado que este amontoado bolsonarista ameaça lançar o país. CONTINUE LENDO

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