Por Fernando Brito
Enquanto a imprensa acha “pouco” o fato de que o TSE tenha
negado a Lula o direito de ser candidato e cobra que o PT o faça sumir de seus
programas de rádio e televisão, o tom sobe e o nível baixa entre os demais
concorrentes.
Ciro Gomes diz que
Alckmin “deixa roubar”.
Alckmin reponde que Ciro é um “aloprado fujão”.
E, para Bolsonaro, solta um vídeo onde ele chama mulheres de
idiotas, vagabundas e espalma a mão enquanto diz “dá que eu te dou outra” à
deputada Maria do Rosário.
Bolsonaro diz que Alckmin é o “cara acusado de roubar a
merenda de nossos filhos”.
E, no Acre, promete, segurando um tripé de câmara de TV,
“metralhar a petralhada”.
Como se vê, a campanha vai seguindo em altíssimo nível.
Com quase 40 anos de acompanhamento de campanhas, garanto
que isso só sinaliza uma coisa: desespero.
Todos eles têm trackings diários, minipesquisas com que
mapeiam o comportamento do eleitorado.
E, quando partem para a agressividade, é sinal de que as
coisas não estão indo bem.
Sabem que têm de se engalfinhar para disputar metade do
eleitorado, pois a outra metade segue sólida com Lula.
O Ibope sai amanhã, o Datafolha na quinta.
O único que pode esperar para crescer chama-se Fernando
Haddad.
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