Escolhido para ser o relator do pedido de impeachment da
presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG) recebeu,
na eleição de 2014, doações de empreiteiras e de um banco citados na Operação
Lava Jato.
Governador de Minas Gerais entre 2010 e 2014, Anastasia foi
o dono da campanha mais cara do país entre todos os candidatos ao Senado no ano
retrasado.
Ele recebeu R$ 18,1 milhões em doações, contra R$ 15,2
milhões do segundo colocado, o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD-SP), de acordo
com informações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Em Minas, Anastasia
arrecadou mais que o dobro do que a soma recebida por todos os outros sete
candidatos a senador.
Com as empreiteiras Andrade Gutierrez, UTC, OAS, Odebrecht e
Queiroz Galvão e o banco BTG Pactual, todos citados na Lava Jato, a campanha do
tucano arrecadou R$ 2 milhões, o que representa 11,1% do total recebido pelo
então candidato. Dirigentes das seis empresas foram presos na operação --alguns
já foram condenados. A Lava Jato investiga um grande esquema de corrupção na
Petrobras envolvendo políticos e empreiteiras, como o pagamento de propinas por
meio de doações ilegais para campanhas eleitorais.
A maior parte das contribuições das construtoras foi
repassada à campanha de Anastasia pelo PSDB e por outras candidaturas do
partido. O banco doou R$ 1 milhão diretamente ao seu comitê. MAIS
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