quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

NO TEMPO DOS COMÍCIOS

Eleições de 1976
Em todos os comícios, no meio da platéia não faltavam as pessoas que compareciam apenas para fazer todo tipo de pedidos.
Entre estes existiam os sinceros, que pediam por conta de alguma dificuldade,  mas também os que pediam por pedir e por isso até inventavam caso de morte na família, para se justificar.
Entre os políticos, por sua vez, existiam aqueles que em dias de comícios não botavam a mão no bolso, por mais sincero que fosse o pedido. Um deles era Mário Eduardo de Moraes, militante histórico do velho MDB.
Candidato a vereador na campanha de 1976, comício no Largo do Cruzeirinho, na Queimadinha, o eleitor se aproxima:
- Doutor, minha mãe morreu!...
Antes de completar a informação o candidato se antecipa:
- Meus pêsames, amigo!...
O eleitor retoma a fala e pede uma ajuda para comprar o caixão e o candidato pensando no discurso que vai fazer, responde:
-Me procure daqui a um mês. Vou ver o que posso fazer!
O eleitor apela:
- Então, doutor, arranje aí um dinheiro para eu comprar de sal.
- Sal pra quê? Estranha, o candidato. A resposta de humor negro vem a seguir:
- Vou salgar a velha pra ver se o corpo aguenta até lá...

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