quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A SEGUNDA SEMANA DAQUELE DEZEMBRO

Feira ontem - 1973

Vamos lembrar aquela segunda semana de dezembro de 1973, passados 41 anos. O reencontro com algumas notícias será através do jornal Feira Hoje que circulava três vezes por semana – às terças-feiras, quintas-feiras e aos sábados.

O chefe do poder executivo era o prefeito José Falcão da Silva. Como ainda não existia vice, o seu substituto era o presidente da câmara. No judiciário, o juiz Edmilson Jatahy Fonseca, o pai, era titular da Vara Civil e comandava a justiça eleitoral.

O legislativo era presidido pelo o vereador Antonio Carlos Daltro Coelho, eleito pela legenda do velho MDB. Os demais cargos da mesa eram ocupados por Gerson Gomes (vice), José Raimundo Azevedo e Renato Sá primeiro e segundo a secretários, todos também do MDB.

Os emedebistas Roque Aras, Noide Cerqueira, Nilton Vieira e Otaviano Campos e mais os arenistas Adessil Guimarães, José Flantildes, Carlos Pires, José Pinto, Newton Tavares, Dival Machado e Mário Moreira, completavam a câmara de 15 vereadores.

Na câmara tramitava um projeto de lei do prefeito pedindo autorização para tomar emprestado 4 milhões de cruzeiros. Uma parte para equipar a limpeza pública, outra para pagar o funcionalismo antes do Natal. A matéria gerou muitas discussões e terminou retirada de pauta.
Assim que começou a semana o prefeito José Falcão assinou o decreto 3740 permitindo o funcionamento do comercio também a noite por conta dos festejos de Natal e Ano Novo. Com ele assinaram os secretários Modezil Cerqueira (Finanças) e Rêmulo Oliveira (Serviços Urbanos)

O ato do prefeito inspirou o jornal “Feira Hoje”, que no sábado, 8, circulou com a seguinte manchete: “Faça suas compras à noite com calma”. O jornal destaca no texto o inicio do trabalho de iluminação e decoração, através da secretaria de Turismo, dirigida por Itaracy Pedra Branca.

Vale lembrar que a Secretaria de Turismo foi criada naquele ano pelo prefeito. O que existia antes era uma Diretoria de Turismo, instituída pelo prefeito Newton Falcão, ligada ao gabinete, dirigida pelo professor Arlindo  Pitombo.

Diretor do antigo Cedin, o ex-prefeito João Durval também teve sua foto na capa da edição do jornal “Feira Hoje”. Naquele sábado, representando o Brasil, João foi participar de um seminário no México. Segundo o noticiário era a sua primeira viagem de avião.

Ainda sobre decretos, no mesmo dia o prefeito assinou o de numero 3741 tornando de utilidade pública uma área às margens da rodovia Feira-Salvador. O terreno pertencia a Edmundo Falcão, o desaparecido Zezé Falcão e serviu para a instalação da Cia. Penha de Máquinas Agrícolas do Nordeste.
A Faculdade de Educação, funcionando na antiga Escola Normal, continuava recebendo inscrições para vestibular de janeiro. Ao todo 190 vagas para os cursos de Estudos Sociais, Letras e Ciências. Faltando quatro dias para o encerramento, somente 130 inscrições tinham sido feitas.

Tido na época como o “aristocrático” da cidade, o Feira Tênis Clube comemorou em grande estilo seus 29 anos de existência. Na boate de sábado, 8, dia do aniversário, o associados foi brindado com um show do cantor Jair Rodrigues.    
  
Sobre o finado “aristocrático”, em meio as festas pelos 29 anos, o conselho deliberativo definiu o nome de Julio Ferreira Pinto como próximo presidente, tendo na vice Dazio Filho. Adessil Guimarães que era o presidente, não concorreu alegando estafa.

Para se despedir dos revendedores locais, quem esteve na cidade foi  Silvio Machado, gerente da Shell na Bahia. Na “Restaurante Shangay”, que era o local disputado para os grandes eventos, aconteceu almoço com a presença de autoridades municipais.

Diante das inúmeras reclamações que chegavam as redações dos jornais e aos programas radiofônicos contra as filas  no Posto de Higiene, órgão da Secretaria Estadual de Saúde,  Diretor da Dires, Ângelo Mário Silva explicou as razões.

Em nota oficial, após elogiar Enio Rozende Pinto, secretário de Saúde do Estado, Ângelo Mario atribuiu aos estudantes a existência das filas, lembrando que por força de lei, os jovens, no ato da matricula, tinham que apresentar atestado de saúde e de vacina antivariólica. (Adilson Simas)

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