O repórter Marcelo Auler faz, em seu blog, um impressionante
relatório da verdadeira corrida de tartarugas que são os procedimentos da
Polícia Federal quando se trata de investigar as escutas, vazamentos e outras
suspeitas de irregularidade.
A rapidez com que vazam os depoimentos sigilosos e acordos
de delação premiada – como o de Nestor
Cerveró – é inversamente proporcional à da busca de esclarecimentos.
Os papéis secretos que foram parar nas mãos do banqueiro
André Esteves – e deixaram indignado o
ministro do STF Teori Zavascki – até hoje, mais de um mês depois, não apenas
continuam um mistério como o delegado ainda está esperando as imagens das
câmeras de segurança.
A sindicância sobre a escuta encontrada na cela de Alberto
Youssef (no ano passado!), apesar da promessa da PF a Sérgio Moro de concluí-la
em novembro, vai passar o reveillon inconclusa.
Veja no blog do Marcelo Auler estas e outras situações
absurdas que vão se acumulando por faltar interesse em apurar tudo o que possa
haver de irregular.
Bom, mas numa operação que tem como símbolo um servidor readmitido por irregularidades no processo de demissão que sofreu por associação a contrabandistas, ninguém se surpreenda que alguma hora o “japonês da Federal” seja mesmo o que fique de todos este embrulho.
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