Por Fernando Brito
Os sites de notícias passaram o dia destacando os problemas
operacionais – já resolvidos – na
emissão de guias de recolhimento do Simples Doméstico, que desburocratiza e
unifica o recolhimento das obrigações patronais em relação aos empregados
domésticas (mais justo será chamar de empregadas domésticas, porque veremos que
mais de 90% serão mulheres).
Foi assim ao longo de todo o processo, desde que o notório
Alexandre Garcia desancou o Governo, dizendo que os empregadores não iam se
cadastrar. Sucederam-se as matérias dizendo que “só 10%”, “apenas 20″. “menos
de 50%” dos empregadores tinha se cadastrados.
Ontem, eram 1,1 milhão de empregados cadastrados por 1,06
milhões de empregadores. Terça, o numero deve passar de 1,2 milhões de
trabalhadores com seus direitos regularizados.
Quase ninguém falou nada sobre este imenso processo de
regularização e inclusão num país que começou o ano com 11,7 milhões de
carteiras assinadas no setor privado.
Lógico que muitos dos trabalhadores registrados no esocial
já tinham registro, embora sem direitos e com difícil controle do recolhimento
de suas contribuições. Mas é certo que muitos passaram a ter carteira agora que
não se tornou mais simples e verificável o cumprimento das obrigações
patronais.
Obrigações que – vocês lembram? – mídia dizia que ia gerar
desemprego em massa, pois os patrões não tinham como honrar.
Não apenas não houve desemprego entre as domésticas como –
por falta de vagas em outras atividades, seu número teve um ligeiro aumento em
2015.
E ninguém quebrou por causa disso.
No máximo um ou outro aprendeu a fazer arroz sem grudar no
fundo da panela.
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