Não me deixem só
31 de julho de 2014 | 22:40
Autor: Fernando Brito
A “reportagem” do Jornal Nacional de hoje onde Aécio Neves
admite o uso do aeroporto de Cláudio deveria ser copiada e distribuída nas
escolas de jornalismo.
Porque é uma aula de como não deve (ou deveria) ser o
jornalismo.
O texto é uma colagem de notas oficiais e declarações em
clima de campanha do candidato tucano.
Não há uma gota sequer de reportagem ou investigação.
Vale o que foi escrito e o que foi dito pelo candidato.
Cláudio, que não chega a 30 mil habitantes, vira “um grande
centro industrial”, nas palavras incontestáveis do candidato tucano.
Não há uma indagação sequer sobre o que justifica o
asfaltamento de uma pista de aviação em Montezuma, uma vila que não tem oito mil e nem coisa alguma,
exceto a fazenda que a empresa da família Neves tomou ao Estado num usucapião
pra lá de estranho.
Mas convenhamos, as faltar a pista de Montezuma, por R$ 300 mil, foi uma
bagatela, perto dos R$ 14 milhões gastos para asfaltar a pista aberta por vovô
Tancredo nas terras do contraparente, irmão de Dona Risoleta.
Ninguém se interessa em perguntar porque uma obra custou 40
vezes mais do que outra, bastante semelhante.
Quem sabe pudessem perguntar ao piloto do “avião da eleição”
que o JN põe no ar para mostrar as mazelas do Brasil – que começaram neste
governo, é claro – se é normal pousar em aeroportos irregulares.
Ou se ele se comunicava com a “torre” de Cláudio.
- Manda chamar o tio!
- Fala, sô
- Fasta os boi, que
nós tá ino….
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