segunda-feira, 21 de julho de 2014

PERGUNTAS, SE QUISEREM FAZER JORNALISMO SOBRE O “AECIOPORTO”

Por Fernando Brito

Na minha infinita disposição de colaborar com a imprensa de meu país, sugiro algumas perguntas simples a serem feitas à Agência Nacional de Aviação Civil, ao Governo de Minas  e a Aécio Neves sobre o aeroporto de Cláudio.

1) É legal a operação de aeronaves naquela pista antes da homologação?
2) Quais foram os planos de vôo registrados nos aeroportos oficiais com este destino? Quais foram as aeronaves? Quem eram seus passageiros? Recordo que na matéria da Folha, o primo de Aécio, antes de saber que falava com jornalista, disse que chegava ali pelo menos “um vôo por semana”. Os vôos registrados para Divinópolis batem com as anotações de pouco e decolagem daquele aeroporto?
3) O senador poderia ser indagado se já usou o Aeroporto de Cláudio em suas idas à sua fazenda?
4) Quem autorizava e supervisionava as atividades de aeromodelismo na pista, como comprovado aqui?  Se o Estado não responder, basta perguntar aos aeromodelistas que, se estavam lá, estavam porque alguém autorizou e disse que podiam usar o espaço. E isso não foi uma ou duas vezes, apenas.
5) Os moradores de Cláudio podem informar sobre a operação de segurança que fecha a estrada que dá acesso à fazenda de Aécio Neves quando este a visitava?
6) A obra previa ou não a construção de uma (inexistente) estação de passageiros, tal como anunciava o comunicado oficial do Governo do Estado? E os “equipamentos para operação 24 horas” (Deus meu, num microaeroporto para aviões privados, com outro aeroporto com essa capacidade a 50 km, de carro)?
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7) o que justificava, se já havia uma pista de pouso no local – e, portanto, quase nada de obras de terraplenagem e nivelamento – que a obra de Cláudio tivesse um custo maior do que todas as demais, em cidades todas elas de população maior – quatro vezes maior, no caso de Passos e três vezes maior, no caso de Lavras?
Se estiver difícil, podem perguntar aos funcionários do Motel Dommus, que fica defronte ao “aecioporto” como era o movimento por ali, porque não podem deixar de ter visto os aviões e a movimentação dos carros que levaram ou buscaram os passageiros que vinham ou iam neles.Ah, e uma pergunta final: existirá mesmo Ministério Público em Minas Gerais, para investigar?

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