Autor: Fernando Brito
Não é um jogo de palavras, mas esta é a pesquisa que mais
deveria importar em matéria de Copa do Mundo.
A que acabou de sair, mostrando que quase quatro em cada
cinco brasileiros acham que o Brasil será o campeão.
77,7%, precisamente.
Por que, afinal de contas, a Copa é uma competição
esportiva, não um evento eleitoral.
Ninguém, exceto os “homens da mala” que aparecem nos nossos
campeonatos regionais, pode prever o resultado de jogos de futebol.
Mas qualquer um pode prever que, se a Seleção for bem nos
primeiros jogos e avançar na competição, esta taxa vai a impossíveis 200% dos
torcedores, porque até cachorro e papagaio ((papagaio, graças a deus, é coisa
de velho, porque quase não tem mais nas casas) vão estar se esgoelando.
O pessoal do “não vai ter Copa” virou uma meia dúzia de
ajuntamentos patéticos, como diz o Ricardo Kotscho.
Até a Eliane Cantanhêde jogou a toalha, hoje.
Não adianta nem importar coxinha americano para fazer
“workshop” de baderna, como revelou a Folha, descrevendo algumas ideias imbecis
de como tumultuar o jogo de estréia do Brasil:
“Um grupo sugeriu alagar o Itaquerão no dia de abertura da
Copa. Outro queria sabotar telões do estádio para “mostrar imagens que
desqualifiquem” o torneio, sem contar os que queriam vender papelotes de crack
de mentira embrulhados com figurinhas dos craques do campeonato.”
Depois não querem que se fale em babaquice.
Na Copa das Confederações, eu lembro, fizeram uma sugestão
de que os jogadores do Brasil se voltassem de costas na execução do hino
brasileiro, e eu testemunhei, no rádio, a decepção dos narradores da CBN quando
isso não aconteceu.
Agora, porém, isso vai ser maior, muito maior.
E quem se meteu a fazer politicagem com a Copa vai ficar com
cara de tacho.
Ou de bico murcho.
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