O avanço da extrema direita numa Europa com 26 milhões de desempregados mostra o quanto é perigosa a agenda que pretende replicar aqui o arrocho praticado lá.
por: Saul Leblon
Berço do Renascimento e das ideias libertárias, a Europa
se
transformou em um enorme depósito de desempregados.
Vinte e seis milhões de trabalhadores foram cuspidos do
mercado de trabalho pelo arrocho neoliberal que se arrasta por seis anos.
Vinte e cinco por cento dos eleitores do continente
responderam à desordem dando seus votos às ideias xenófobas, de extrema direita,
eurocéticas e fascistas nas eleições deste domingo, na renovação do
parlamento europeu.
O conservadorismo brasileiro faz olhar de paisagem.
A mídia trata o terremoto como um sismo em terras distantes.
Um assunto estranho a sua pauta.
Não é.
Os interesses que modularam o funeral do Estado Social
europeu nas últimas décadas, e jogaram a pá de cal nesta crise,
estão mais do que nunca atuantes na disputa presidencial em curso no
Brasil.
O palanque conservador nomeia o arrocho fiscal, de consequências
sabidas, como a principal alavanca corretiva para os gargalos da economia
brasileira.
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