segunda-feira, 21 de outubro de 2013

FILÓSOFO DISSECA UMA NOVA LÍNGUA: O MARINÊS

"Suas expressões aparentemente nada significam, porém procuram suscitar a simpatia de pessoas que aderem ao politicamente correto. Mas só aparentemente nada significam, pois carregam toda uma bagagem teórica que, se aplicada, faria do Brasil um país não de sonháticos, mas de pesadeláticos", diz Denis Lerrer Rosenfield, professor de filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; ele aponta algumas consequências do "marinês": menos hidrelétricas, menos energia, menos minérios, menos portos e estradas e a transformação do agronegócio em bode expiatório
21 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 06:21
247 - O articulista Denis Lerrer Rosenfield, professor de filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, decidiu esmiuçar as ideias da ex-senadora Marina Silva para investigar quais seriam suas consequências práticas. Na sua visão, os "sonháticos" têm potencial para transformar o Brasil num país de "pesadeláticos". Leia abaixo:
 
O marinês

Denis Lerrer Rosenfield*
O marinês é uma nova língua política que se caracteriza por abstrações e fórmulas vagas com o intuito de capturar o apoio dos incautos. Suas expressões aparentemente nada significam, porém procuram suscitar a simpatia de pessoas que aderem ao politicamente correto. Mas só aparentemente nada significam, pois carregam toda uma bagagem teórica que, se aplicada, faria do Brasil um país não de sonháticos, mas de pesadeláticos.
Marina Silva ganhou imenso protagonismo nas últimas semanas ao ingressar no PSB do governador Eduardo Campos, fazendo um movimento político inusitado. Ao, aparentemente, aderir ao candidato socialista acabou roubando para ela a cena política, como se fosse, de fato, a protagonista. De segunda posição, a de vice, age como se encarnasse a primeira, de candidata a presidente.
No afã de ganhar espaço midiático, não cessa de dar entrevistas e declarações: num único dia conseguiu o prodígio de ser entrevistada pelos maiores jornais do País, Estadão, O Globo e Folha de S.Paulo, que fizeram manchetes dessas declarações. Nada disse, porém não parava de falar. Vejamos algumas dessas expressões, sob a forma de um dicionário explicativo. CONTINUE LENDO

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