O debate da Record e o pastel de vento
por Luiz Carlos Azenha
Empatar, para quem está na frente, é vitória.
por Luiz Carlos Azenha
Empatar, para quem está na frente, é vitória.
Não acho que Dilma Rousseff tenha sido brilhante no debate da TV Record. Fez para o gasto. É a tática “pastel de vento” que o PT adotou desde 2002, calcado especialmente no marketing e nas pesquisas “quali”. Pouca política, pouca espontaneidade e um jogo na retranca. A candidata me pareceu muito ensaiada e muito preocupada em não escorregar.
Eu adoro o vigor de Plinio de Arruda Sampaio. Gosto muito dele, pessoalmente. Tenho grande identidade com as propostas dele. Porém, não acho que ele tenha se saído tão bem assim.
Marina Silva não fez nada de especial no debate, a não ser se apresentar como terceira via. É um discurso muito cerebral para a grande maioria da audiência.
O ponto alto de Dilma foi lembrar que, sob Marina no Ministério do Meio Ambiente, também houve escândalos. A verde ficou claramente contrariada.
José Serra teve um bom debate, talvez o melhor dele até agora. O problema é o foco. Fica muito difícil saber o que ele exatamente faria melhor que o governo Lula fez. Minha impressão é que fica uma coisa over: ele vai bater o escanteio, subir para cabecear e validar o gol. E aquela história de pedir um voto extra ao eleitor tem cara de… derrota.
Em resumo, a melhor coisa do debate foram as perguntas de minhas colegas — Ana Paula Padrão, Christina Lemos e Adriana Araújo–, que conseguiram embaraçar os candidatos mais de uma vez.
A audiência, no primeiro bloco, foi de 12 pontos, o equivalente a 960 mil domicílios na Grande São Paulo, pouco menos de 4 milhões de pessoas. Um público e tanto para uma noite…francamente, chata.
Se a coisa se repetir no debate da Globo as pessoas vão querer acabar com essa história logo no primeiro turno, já que política assim ninguém merece.
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