domingo, 24 de junho de 2018

O “MERCADO” NÃO TEM MEDO DA INCERTEZA, MAS DE QUE SE TENHA UM GOVERNO


Por Fernando Brito
Nos jornais de hoje, várias matérias sobre a repetição de um “Efeito Lula” no descontrole da economia, como nos estertores do governo FHC,  e sobre Ciro Gomes ser “o pavor do mercado“, refletindo o que seriam os temores dos financistas com as eleições presidenciais.

O único fato que não se quer ver, claro, é que a eleição presidencial só não tem um vencedor anunciado e a garantia de que não levarão o país a aventuras – ou a um confronto entre o candidato disposto a implantar uma ditadura e a ditadura da toga já implantada – porque eles próprios a deformaram com a provável retirada de Lula da disputa eleitoral.

Todos, inclusive os mais figadais inimigos do lulismo, sabem que qual seria o resultado de urnas com Lula.

E, da mesma forma, sabem que Lula faria um governo – embora certamente mais incisivo e sem tantas ilusões “republicanas” – sem guinadas abruptas, sem mudanças abruptas e com mais diálogo – e diálogo mais confiável – com os agentes do capital.

Como antes, Lula representaria muito mais uma mudança de médio e longo prazo para o Brasil e muito menos a expectativa de que (com objetivos diferentes, fique claro) Bolsonaro e Ciro realizem, legitimados pela eleição, um governo de natureza imperial nos primeiros meses de eventuais governos seus. CONTINUE LENDO

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