Por Fernando Brito
De José Roberto de Toledo, vida inteligente na imprensa
brasileira, em sua coluna de hoje no Estadão, sobre a dissolução (aliás,
francamente estimulada pela mídia) dos partidos políticos, de todos os matizes,
ou já sem matiz algum:
” Sempre que o Planalto entra pesado para aprovar ou brecar
uma proposta, as bancadas partidárias se dissolvem. A negociação é voto a voto,
grupelho a grupelho, financiador a financiador. E, nisso, a Turma do Pudim não
tem concorrência. O PT pagava mais caro e sofria muito mais para conseguir
maioria. O PSDB idem. Não é à toa que o maior vencedor de ontem não foi nenhum
partido ou indivíduo, mas uma massa amorfa de letrinhas
intercambiáveis.Define-se pela posição geográfica, traduzida no apelido
coletivo de “Centrão”. Reúne deputados que podem estar hoje em uma sigla e
amanhã em outra, sem que isso faça diferença sobre como votarão ou sobre suas
chances de reeleição. É dando que recebem. Estão sempre no centro, ou seja,
apoiando o governo, mas ameaçando constantemente debandar se não forem
recompensados.
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