quinta-feira, 3 de agosto de 2017

TOLEDO: O “CENTRÃO” NO PODER

Por Fernando Brito

De José Roberto de Toledo, vida inteligente na imprensa brasileira, em sua coluna de hoje no Estadão, sobre a dissolução (aliás, francamente estimulada pela mídia) dos partidos políticos, de todos os matizes, ou já sem matiz algum:


” Sempre que o Planalto entra pesado para aprovar ou brecar uma proposta, as bancadas partidárias se dissolvem. A negociação é voto a voto, grupelho a grupelho, financiador a financiador. E, nisso, a Turma do Pudim não tem concorrência. O PT pagava mais caro e sofria muito mais para conseguir maioria. O PSDB idem. Não é à toa que o maior vencedor de ontem não foi nenhum partido ou indivíduo, mas uma massa amorfa de letrinhas intercambiáveis.Define-se pela posição geográfica, traduzida no apelido coletivo de “Centrão”. Reúne deputados que podem estar hoje em uma sigla e amanhã em outra, sem que isso faça diferença sobre como votarão ou sobre suas chances de reeleição. É dando que recebem. Estão sempre no centro, ou seja, apoiando o governo, mas ameaçando constantemente debandar se não forem recompensados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário