Por Fernando Brito
A um velho brizolista é, talvez, mais fácil entender o que se passa em relação a Lula que a muitos
petistas.
Estamos acostumados ao que eu chamava de “cenas de
brizolismo explicito”, como temos agora as de “lulismo explícito”
Damos de ombros à crítica de que isso é populismo, porque
sabemos contra o que este nome é usado.
Como não somos regidos pelo “o que sai no jornal”.
Porque o jornal é
“deles”.
Sim, digam que somos simplórios, que temos um “nós” e
“eles”.
Não sai na imprensa, claro, ou sai torcido, explorando
migalhas: um contratempo aqui, a presença de estruturas públicas presentes
ali – ter proteção policial em jogo de
futebol ou show de música é legítimo,
não é? – mas os videos e as imagens não mentem.
A caravana de Lula pelo Nordeste ganha ares de procissão.
A luzes dos “flashes” dos celulares ganham cores de velas
acesas de esperança.
Outras luzes, as de alarme, acenderam-se nos salões.
Onde não creem na profecia de Gláuber Rocha: “mais fortes
são os poderes do povo”.
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