Por Fernando Brito
A nata da sociedade, como estas socialites já sem o frescor
da juventude, sempre anda atrás de um playboy com o qual possa desfilar.
Arranjou vários, dos quais Fernando Collor foi o mais
notável.
Fora de São Paulo, onde está o dinheiro e a “força da grana
que ergue e destrói coisas belas”, a elite carioca se divide entre os broncos –
veja os índices de preferência do Bolsonaro entre os ricos – e os deslumbrados.
A estes últimos, coube providenciar o “début” do playboy
tardio João Doria, para substituir o último rapaz bonito, Aécio Neves, com que
se desiludiram mas que, ao menos, morava aqui, até mesmo quando governava
Minas.
Vão apresentar Doria à terra carioca.
Terra, o que digo eu? Não, a um green, o do Gávea Golf
and Country Club, criado há quase cem
anos pelos dirigentes da Light, uma grupo de brasileiros de raiz, como se vê
pelos nomes: Carroll Mauseau, Henry Lynch , Ernest Mortimer, J. Carriker , C.
H. Lloyd , Hugh Pullen, William MacGregor, V. R. Kershner, R. A. Brooking, E.
A. Sturgis e J. Armstrong Read.
Mas, vá lá, Doria tem algo de carioca. Gosta de se
fantasiar. De pedreiro, de gari, de cadeirante, de pintor. Pena que não seja no
carnaval, mas na vida irreal dos demagogos marqueteiros.
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