sexta-feira, 30 de junho de 2017

UM RATO SE DEFENDE COM RATOS

Por Fernando Brito

A melancólica cena de um plenário vazio, com dúzia ou dúzia e meia de parlamentares, durante a leitura da acusação de corrupção passiva feita pela Procuradoria Geral da República, não é, diz hoje Bernardo Mello Franco, na Folha, apenas o desinteresse pelo cumprimento de uma formalidade processual.

O Planalto conta com essa inércia para segurar Temer na cadeira. A fidelidade ficou mais cara, mas ainda parece possível comprá-la com a distribuição de cargos e emendas.
Se é difícil convencer 172 deputados a defender Temer no microfone, a solução pode estar no plenário vazio. É por isso que o governo passou a apostar nas ausências para barrar a denúncia. A ideia é manter os parlamentares longe de Brasília ou bem escondidos, como aconteceu na primeira leitura da acusação.

Então, fica combinado assim.

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