Por Fernando Brito
O editorial de hoje
do Estadão, revela um posicionamento muito diferente daquele que o jornal vinha
assumindo e pode ser sinal de uma mudança de orientação da oligarquia paulista
que ele, como ninguém, representa.
Referindo-se à defesa incondicional feita ontem em Portugal
por Sérgio Moro, o tradicional jornalão ressalva que faltam, frequentemente,
provas para sustentar o que é dito pelos delatores.
(…)as múltiplas acusações feitas pelo Ministério Público
contra figurões do mundo político estão baseadas somente, ou principalmente,
nas delações, sem que venham acompanhadas de provas materiais suficientes para
uma condenação. Quando muito, há provas testemunhais, nem sempre inteiramente
dignas de crédito ou confiança. Criou-se um ambiente em que as delações parecem
bastar. Se é assim, o objetivo não é fazer justiça, mas uma certa justiça.
Certamente isso não foi escrito para Lula, mas recomendo que
os advogados do ex-presidente recortem e colem nas suas alegações finais sobre
o processo do “triplex”, porque o encaixe é evidente e completo.
E isso não é tudo, leia só como Dr. Cristiano Zanin,
advogado do ex-presidente, não teria escrito melhor:
Há tempos ficou claro que certos membros do Ministério
Público têm a pretensão de purgar o mundo político daqueles que consideram
nocivos. Para esse fim, basta espalhar por aí, por meio de vazamentos
deliberados, que tal ou qual político foi citado nesta ou naquela delação para
que o destino do delatado esteja selado, muito antes de qualquer tribunal
pronunciar sua sentença.
Meu Deus, o Estadão “lulou”, virou “petralha”,
avermelhou-se?
Fique calmo e leia mais uma linha, para entender:
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