Por Paulo Roberto Pires,
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Nas eleições do Rio, os isentões ganharam nova plumagem.
Votam branco e nulo porque "não compactuam" com
nenhum dos dois candidatos: acham-se nobres pelo óbvio, recusar o bispo
canalha, e especialmente perspicazes por rejeitarem a esquerda. Preferem, por
isso, ajudar a eleger indiretamente o facínora reacionário, pois prezam mais
seu ego e sua suposta elevada consciência política do que a cidade em que
vivem.
Pior do que a montante reacionária explícita, que não tem
salvação, é a multiplicação dos isentões, animais que se acreditam raros mas
formam um nefasto rebanho, tão dócil quanto o conduzido pelos pregadores
charlatães como Crivella.
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