quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

NAS CADEIRAS DE SUAS EXCELÊNCIAS, A AUSTERIDADE NÃO SE SENTA

Por Fernando Brito

Da reportagem de Marcelo Lima, do jornal Tribuna do Norte, de Natal:

“Do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (Moma) direto para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN). Os desembargadores do Estado deverão sentar-se em cadeiras expostas como obra-prima do design, cada uma delas no valor de R$ 8.750. Ao todo, as 33 custarão R$ 288.750.  As cadeiras deverão substituir as atuais poltronas dos magistrados nos gabinetes e no pleno do tribunal.”

São do modelo “Aeron Chair” louvado pelo revendedor:  “É uma cadeira reconhecida internacionalmente. Toda semana eu vendo três ou quatro cadeiras dessas para clientes particulares. Tem deles que dizem que a cadeira resolveu o problema de coluna deles. A única marca que poderia fazer concorrência ao nosso produto seria as poltronas da marca Giroflex, contudo a fabricante brasileira fechou suas portas em meados de 2014”.

Fui olhar anúncios de cadeiras e vi que dá para comprar umas muito bacanas e confortáveis na faixa de R$ 600 -R$700. Mas isso não sei se isto  estaria à altura dos meritíssimos traseiros.

Muito menos no Rio Grande do Norte, um estado onde não há carências nem miséria, não é?


Quando a austeridade não entra num tribunal, a justiça, certamente, não toma assento.

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