Por Fernando Brito
É importante a batalha jurídica
contra a absoluta inépcia do pedido de impeachment de Dilma Rousseff.
É indispensável a luta para ficar
com a maioria do PMDB, diante do poderio do Presidente da Câmara e da posição
dúbia de Michel Temer.
Mas nada, nada é tão vital para
enfrentar a tentativa de deposição quanto a identificação que o próprio Eduardo
Cunha provocou entre o impeachment e sua indefensável condição.
Pela primeira vez desde as
eleições, a marca de Eduardo Cunha em suas testas coloca o coxismo na
defensiva.
Cunha é a rua contra o golpe.
Não será fácil para o PSDB e o DEM
se livrarem do patrocinador do impeachment.
Sem ele, não teriam mais que 100
dos 342 votos para aprovar o impeachment.
Aliás, nem mesmo haveria essa
votação, pois o pedido seria arquivado dentro da Comissão Especial.
Salvo por acontecimentos
imprevisíveis, como uma ação da Procuradoria Geral da República junto ao STF
que resultasse no afastamento de Cunha do cargo ou até sua prisão, a oposição
está amarrada até a medula ao poder do sombrio deputado.
E o “Fora Cunha”, já se viu,
“colou” na rua com mais força, até, do que o “Fora Dilma” da minguante maré de
Kataguiris, revoltados e Malafaias.
Não é á toa que o discurso dos
porta-vozes do golpismo na mídia é que “Cunha é do passado” e que o impeachment
nada mais tem a ver com ele.
Erro.
A menos que vá em cana, Cunha é o
impeachment.
A sua cara e o seu calcanhar de
Aquiles.
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