Por Fernando
Brito
Não conheço
o André Araújo, mas já estou em dívida com ele. Escreveu, melhor do que eu
faria, o texto que gostaria de ter feito ontem, se o cansaço acumulado não me
tivesse impedido de buscar e conferir as informações que ele traz, enriquecidas
com seus comentários históricos. Disse o que é preciso dizer: que polícia com
autonomia total só pode existir em Estados sem democracia, porque sem um
sistema de freios e contrapesos, ela começa por violar direitos individuais e
termina por violar a própria soberania popular sobre o comando do Estado.
Quem quiser
pensar em polícia todo-poderosa, pense na Satsi
ou na Gestapo (aliás, parte das SS),ou no precedente histórico trazido
por Araújo, a Guarda Pretoriana de Roma.
Aqui, hoje,
tudo se torna mais grave, porque não apenas o comando administrativo que
deveria ser exercido pelo Ministério da Justiça desapareceu como os controles
de procedimento que deveriam ter freios no MP e no Judiciário, ao contrário,
passaram a ser alavancas ou correias de transmissão da ação policial?
Ao ótimo
texto de André Araújo, publicado ontem à noite no GGN.
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