quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O MUNDO NÃO É UM PALCO PARA CANASTRÕES. É PARA SERMOS NÓS MESMOS E ÚTEIS A ELE

Por Fernando Brito

Vejo no UOL/ Folha uma “reportagem” sobre o ator e poeta Eduardo Tornaghi, apresentado quase como um misantropo, um anômalo, por ter largado a “máquina de celebridades” global e ter ido fazer o que gosta e crê que pode ser útil às pessoas: como ele diz, “conhecer o Brasil real e o mundo subterrâneo da cultura”.
Por acaso de relações familiares, conheci Tornaghi, embora superficialmente. Não é, como a matéria induz em seu título capcioso – Eduardo Tornaghi, o Fábio Assunção dos anos 70, hoje sobrevive nas ruas – algo parecido com um indigente. Nada a ver com um “ripongão” sem compromissos. Sereno, tranquilo, pai amoroso, presente na vida das filhas, inteligente, antenado e delicado ao falar: pouco e só um pouco mais quando se emociona.
E a pobreza na reportagem não é a dele, é a de quem escreve hoje nos jornais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário