Vejo no UOL/ Folha uma “reportagem” sobre o ator e poeta
Eduardo Tornaghi, apresentado quase como um misantropo, um anômalo, por ter
largado a “máquina de celebridades” global e ter ido fazer o que gosta e crê
que pode ser útil às pessoas: como ele diz, “conhecer o Brasil real e o mundo
subterrâneo da cultura”.
Por acaso de relações familiares, conheci Tornaghi, embora
superficialmente. Não é, como a matéria induz em seu título capcioso – Eduardo
Tornaghi, o Fábio Assunção dos anos 70, hoje sobrevive nas ruas – algo parecido
com um indigente. Nada a ver com um “ripongão” sem compromissos. Sereno,
tranquilo, pai amoroso, presente na vida das filhas, inteligente, antenado e
delicado ao falar: pouco e só um pouco mais quando se emociona.
E a pobreza na reportagem não é a dele, é a de quem escreve
hoje nos jornais.
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