Por Fernando Brito
A deflagração, agora cedo, a 20ª fase (vigésima!!) da
Operação Lava Jato, com mandados de busca e de detenção de pessoas no Rio e na
Bahia, não pode deixar de fazer algumas considerações sobre os métodos da
força-tarefa de procuradores e do juiz Sérgio Moro.
Velhos jornalistas, que acompanham noticiário policial há
décadas, sabem que não é normal que operações policiais resultantes de
investigações ocorram desta forma. Em geral, espera-se reunir uma massa
considerável de informações e indício de crimes e, só então, dá-se o “bote”,
porque a surpresa é elemento essencial destas ações, permitindo que buscas e
apreensões “rendam” provas concretas da culpa ou participação de pessoas e
empresas em negócios escusos.
Está claro, porém, que a Operação Lava Jato segue métodos
diferentes.
Define-se o “alvo”, aqueles a quem se quer “pegar”. E,
então, vai-se juntando o que sustente a persecução penal dos “alvos”. Degrau
por degrau – parece que o “da vez” é o ex-presidente da empresa, José Sérgio
Gabrielli – em direção a um objetivo pronto, que todos sabem quem é: Lula.


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