Antes, operação focava em máfia criada para abater dívidas de grandes empresas - RBS (Rede Globo), Banco Safra, Santander, Camargo Corrêa com a Receita. Agora, pautada pela mídia, apura uma suposta - e mal explicada - compra de Medida Provisória no governo Lula
Cíntia Alves
Jornal GGN - Deflagrada em março deste ano, a Operação
Zelotes já chegou a ser classificada como o oposto da Lava Jato: não tinha
recursos para força-tarefa, nem juiz federal despachando na velocidade de
Sergio Moro, ou o volume de delações premiadas e vazamentos seletivos, tampouco
uma lista com mais de 50 políticos implicados publicamente em esquemas de
desvio de dinheiro público. Consequentemente, não sentia o impacto da
espetacularização dos fatos.
Mas há semanas alguns fatores mudaram, e o principal deles é
que o foco da operação saiu do encalço de grandes grupos econômicos - como Rede
Globo, bancos e empreiteiras - e de políticos já protegidos pelo foro
privilegiado, e passou a perseguir empresas de membros da família do ex-presidente
Lula (PT). Foi o suficiente para transferir a Zelotes das tímidas páginas de
jornais da mídia impressa, para os espaços de destaque, aqueles destinados às
denúncias bombásticas, mesmo que vazias.
Leia mais: Sobre denúncias vazias em manchetes cheias
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